O DESAFIO DA SANTIDADE
Pensamos no noroeste africano, onde encontramos 320 milhões de almas ainda intocadas pelo Evangelho, isto é, o dobro da população brasileira (em 1.992).
Lembro-me que em culto no noroeste da África, entre a tribo de Bijagós, o Senhor operou e muitas vidas foram transformadas. No último dia em que estava ali, orém, um testemunho chamou minha atenção. Era um homem velho que levantou-se e disse: "Aqui temos ouvido a respeito das palavras de Deus. Deus tem falado sobre a libertação de nossos netos, de nossos filhos e de todo o nosso povo. Porém há algo que quero lhes dizer: o meu pai morreu há 15 anos sem ouvir estas palavras de Deus. O pai de meu pai também morreu há muitos anos sem nada ouvir. Todos os meus antepassados morreram sem ouvir estas palavras, todos estão n amorte eterna. Porque vocês vieram tão tarde ? " Possuímos hoje no mundo mais de 3.500 línguas (muitas ágrafas), que não tem nem joão 3:16 em seu idioma. Mais de 900 ilhas sem haver nenhum esforço missionário para alcançá-las; 870 povos sob risco de extinção, ainda intocados pela Palavra de Deus; povos espalhados por desertos, matas, penhascos, montanhas e vales que não ouviram nem uma vez sobre o nosso Deus.
No Brasil há cerca de 1 obreiro evangélico para cada 6.500 pessoas. Regiões como o norte africano possuem 1 obreiro evangélico para cada 7.000.000 de pessoas. Há um mundo a ser alcançado e quero dizer-lhes que o fator que determinará o sucesso desta obra não serão nossos métodos ou estratégias, grandes somas financeiras ou técnica missiológica, mas sim a SANTIDADE.
Tenho aprendido que Deus não está, nunca esteve e nunca estará disposto a usar um povo que não seja SANTO (com ou sem métodos).
Missiólogos poderão direcionar a Igreja de Jesus Cristo para uma ação impactante de expansão do Reino de Deus na terra; teólogos poderão propôr princípios necessários para permearmos a obra dentro de uma teologia bíblica; entretanto somente HOMENS SANTOS alcançarão o mundo.
Temos falado e ouvido falar que o Brasil é o "celeiro missionário" para o mundo. Que isto quer dizer ? Que possuímos "sementes missionárias" o bastante para exportar ? Creiam, isto não é o suficiente.
Um obreiro indiano falou-me certa vez: "A Igreja brasileira experimenta um momento único em que tem havido um grande despertamento para a obra missionária transcultural. Vocês possuem uma oportunidade sem precedentes históricos para impactarem o mundo com o Evangelho, mas não estão conseguindo fazer isto. O que está faltando ?"
O que importa primariamente não são quantos celeiros abarrotados de missionários nós possuímos; não é nossa aceitação política e adaptabilidade cultural, mas sim, quanta sanidade há em nosso meio. Não creio em despertamento missionário, em quebrantamento espiritual. A pergunta que fará a diferença no final será: ATÉ ONDE VOCÊ ESTÁ DISPOSTO A IR POR JESUS ? E somente um povo santo poderá respondê-la.
do Livro: Missões, o desafio continua