quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

DEUS COMO DIABO E O DIABO COMO DEUS

Dependendo do que a pessoa tiver na mente, que igreja freqüenta, e, sobretudo, de como se fundamenta a sua fé, se na Palavra de Deus ou nas doutrinas dos homens, descobriremos que grande parte do que nós chamamos “meu problema”, quase sempre deveria ser chamado apenas de “meu desejo”.

O fato é que o Evangelho mesmo, sozinho, sem “igreja” e sem “doutrinação moral”, jamais poderia fazer mal a ninguém.

E mais: sem os “pastores-lobos” ou os “pastores-perdidos”, nenhu-ma pregação do Evangelho criará nada na pessoa que não seja vida e paz.

Porém o uso errado do Evangelho, misturado com toda essa confusão de “igreja”, adoece a alma tanto ou mais que uma boa macumba, posto que tudo seja feito em nome de Jesus, o que faz com que a alma se perturbe mais do que quando pratica a mentira em nome do diabo. Macumba faz menos mal à mente do que uma crença cristã sem Deus.

Sim! Pois na macumba ninguém vai pensando em bondade ou em Deus. Lá tudo é como é; ou seja: existe a franqueza do objetivo maldoso e manipulador.

É melhor lidar com o diabo como diabo do que com o diabo como “Deus”, que é o que acontece na crença cristã sem Deus, sem Jesus e sem Evangelho. Digo isto porque pior do que o diabo é “Deus” como diabo.

Ora, a maioria dos crentes, na prática, lida com “Deus” como diabo e com o diabo como “Deus”.

“Deus” como diabo porque o “Deus” de muitos crentes é tão cheio de venetas malucas e perversas como um diabo.

Diabo como “Deus” porque o diabo de muitos crentes é, na prática, em geral mais poderoso do que o nosso Deus.

Assim, o “crente” segue oprimido por “Deus” e pelo diabo; e mais: pelo “diabo” dos “crentes”, que é mais poderoso do que o diabo real.

Ora, a maior dificuldade do Evangelho no coração dos crentes viciados em “Deus” como diabo e no diabo como “Deus” está no fato de que eles não sabem fazer a diferença.

Sim! Deus e o diabo se parecem muito na cabeça desses “crentes”.

Na maioria das vezes o que distingue um do outro é apenas o discurso, pois, na prática, eles, “Deus e o diabo”, se parecem muito.

Ora, tal ambigüidade e ambivalência em Deus e no diabo é o que faz a devoção dos crentes um exercício de medo e pânico.

Por isto os “crentes” não gostam de silencio, nem de quietude e nem de culto sem muita agitação, pois, no silencio mora a indefinição entre “Deus” e o “diabo”.

Se você não entendeu ainda nada, digo:

Quando você se converter entenderá então tudo o que estou dizendo e verá tudo com extrema clareza.

Até lá, todavia, fica a dúvida, a qual eu provoco em você na intenção de ver se sua mente fica livre do “Deus/diabo” e do “diabo/Deus”.

Pense nisto!

caiofabio.com.br

0 comentários: