terça-feira, 23 de março de 2010

O BEM E O MAL

Durante uma conferência com vários universitários, um professor da Universidade de Berlim desafiou seus alunos com esta pergunta:
“Deus criou tudo o que existe?"

Um aluno respondeu com grande certeza:
-Sim, Ele criou!

-Deus criou tudo?
Perguntou novamente o professor.

-Sim senhor, respondeu o jovem.



O professor indagou:
-Se Deus criou tudo, então Deus fez o mal? Pois o mal existe, e partindo do preceito de que nossas obras são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mau?

O jovem ficou calado diante de tal resposta e o professor, feliz, se regozijava de ter provado mais uma vez que a fé era uma perda de tempo.

Outro estudante levantou a mão e disse:
-Posso fazer uma pergunta, professor?
-Lógico, foi a resposta do professor.

O jovem ficou de pé e perguntou:
-Professor, o frio existe?
-Que pergunta é essa? Lógico que existe, ou por acaso você nunca sentiu frio?

Com uma certa imponência rapaz respondeu:
-De fato, senhor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é a ausência de calor. Todo corpo ou objeto é suscetível de estudo quando possui ou transmite energia, o calor é o que faz com que este corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Nós criamos essa definição para descrever como nos sentimos se não temos calor.

-E, existe a escuridão? Continuou o estudante.
O professor respondeu temendo a continuação do estudante:

Existe!

O estudante respondeu:
-Novamente comete um erro, senhor, a escuridão também não existe. A escuridão na realidade é a ausência de luz. A luz pode-se estudar, a escuridão não! Até existe o prisma de Nichols para decompor a luz branca nas várias cores de que está composta, com suas diferentes longitudes de ondas. A escuridão não!

Continuou:
-Um simples raio de luz atravessa as trevas e ilumina a superfície onde termina o raio de luz.
Como pode saber quão escuro está um espaço determinado? Com base na quantidade de luz presente nesse espaço, não é assim?! Escuridão é uma definição que o homem desenvolveu para descrever o que acontece quando não há luz presente.

Finalmente, o jovem perguntou ao professor:
-Senhor, o mal existe?

Certo de que para esta questão o aluno não teria explicação, professor respondeu:
-Claro que sim! Lógico que existe. Como disse desde o começo, vemos estupros, crimes e violência no mundo todo, essas coisas são do mal!

Com um sorriso no rosto o estudante respondeu:
-O mal não existe, senhor, pelo menos não existe por si mesmo. O mal é simplesmente a ausência do bem, é o mesmo dos casos anteriores, o mal é uma definição que o homem criou para descrever a ausência de Deus. Deus não criou o mal. Não é como a fé ou como o amor, que existem como existem o calor e a luz. O mal é o resultado da humanidade não ter Deus presente em seus corações. É como acontece com o frio quando não há calor, ou a escuridão quando não há luz.

Por volta dos anos 1900, este jovem foi aplaudido de pé, e o professor apenas balançou a cabeça permanecendo calado… Imediatamente o diretor dirigiu-se àquele jovem e perguntou qual era seu nome?

E ele respondeu:
ALBERT EINSTEIN, senhor!
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quarta-feira, 17 de março de 2010

CULTO SEM ALMA E SEM VERDADE

“ Sentença pronunciada pelo Senhor contra Israel pelo profeta Malaquias” (Ml.1:1). O que é interessante neste texto do livro do profeta Malaquias é que ele é feito em termos jurídicos, ou seja, estamos lendo uma sentença.

Vejam vocês que a maneira como o livro do profeta Malaquias começa é extremamente jurídica e ele apela para uma solenidade enorme, porque Deus está falando. E no contexto específico ele está falando algo que deveria ser ouvido com temor, tremor, reverência, consciência de que coisas seríssimas serão ditas e que precisam ser guardadas, agasalhadas no coração, e precisam ser objeto de reflexão mais séria e cuidadosa.

No livro de Malaquias encontramos, pelo menos, quatro maldições seríssimas, que Deus diz poder alcançar a vida de qualquer pessoa do seu povo.

Há maldições que a gente quebra apenas dizendo: “Eu renuncio a isto”. Mas aqui, em Malaquias, há maldições que não se quebra apenas com oração de renúncia. E uma dessas maldições é do culto sem alma e sem verdade.

“Pois maldito seja o enganador que tendo macho no seu rebanho, promete e oferece ao Senhor um defeituoso; porque eu sou grande Rei, diz o Senhor dos Exércitos, o meu nome é terrível entre as nações.” Ml.1:14. O profeta diz que quando você cultua a Deus sem alma, sem paixão, sem verdade, sem aquelas realidades que brotam, que emanam a essência de um ser, você corre o risco de ficar debaixo de maldição.

Talvez você não esteja entendendo, então explicarei mais detalhadamente. Na antigüidade, lá em Israel, era parte essencial do culto, sacrificar a Deus: trazer animais e imolá-los. E estes animais deveriam ser trazidos com um cuidado enorme. Era o culto ao Senhor onde o sangue de um inocente ia ser derramado. Onde pecados iam ser confessados. Onde a alma ia se abrir, se expor com verdade radical e essencial diante de Deus.

E Deus diz que é maldito aquele que podendo trazer alguma coisa limpa, pura para Deus, traz ao contrário um sacrifício torto, defeituoso. E maldito aquele que brinca de cultuar. E maldito aquele que se aproxima Dele como se estivesse se aproximando de uma coisa desprezível, num beco escuro qualquer da vida.

Se você aproximar-se de mim, diz o Senhor, traga o seu melhor. E a Palavra de Deus diz, nos versos 6 e 9 deste mesmo capítulo primeiro, que este culto sem alma e sem verdade é aquele que se oferece com desprezo pelo nome de Deus, demonstrado mediante um culto sem oferenda do melhor nosso para Deus.

O verso 12 nos diz que este mesmo culto é aquele que é feito com total falta de entusiasmo pela pessoa de Deus. Neste versículo a Palavra de Deus nos diz: “... profanais a minha casa, quando dizeis: a mesa do Senhor é imunda, e o que nela se oferece, isto é, a sua comida, é desprezível.”
Aqui há duas afirmações sérias sobre culto sem alma e sem verdade:

1o Ele é aquele culto que não traz o melhor do ser prá Deus.
2o É um culto marcado pela falta de entusiasmo da alma diante de Deus que é capaz de inclusive dizer: Que sacrifício, que chatice!

Irmão, preste atenção: o resultado dessa prática religiosa será como o verso 14 anuncia: “... maldito seja o enganador que tendo macho no seu rebanho, promete e oferece ao Senhor um defeituoso; porque eu sou grande Rei, diz o Senhor do Exércitos, o meu nome é terrível entre as nações.”

O resultado é o de se ficar viciado neste culto mecânico que não traz a alma, que não tem paixão, que não tenta encontrar o melhor de si para trazer a Deus, que não faz renovação de propósito de vida, que não derrama seu todo na presença de Deus, com gratidão, com vida absolutamente entregue e rendida, consciente de que tudo no ser vem de Deus e de que o ser só faz sentido se for em Deus. O resultado deste culto mecânico, hipócrita, vazio, programado, que não encontra espontaneidade na vida no fundo do ser é que ele produz uma alma amarga e infeliz.

Quero dizer uma coisa: há no Brasil, milhões de pessoas padecendo desta maldição, de uma alma amarga, morta, infeliz, pedrada, adoecida, insensível, porque perderam a capacidade de celebrar a Deus desde o fundo do coração.


(do livro: As quatro maldições)
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